Em 6 de maio de 1994, a rainha Elizabeth II e o presidente francês François Mitterrand realizaram uma cerimônia de abertura do túnel do Canal da Mancha, ou "Chunnel".
O Chunnel é um túnel ferroviário submarino de cerca de 50 km, que liga a Inglaterra e a França sob o Canal da Mancha. Sua abertura marcou a primeira vez desde a última Idade do Gelo que as duas massas de terra foram conectadas. O serviço ferroviário do Chunnel simplificou drasticamente as viagens em ambas as direções, eliminando a necessidade de viagens aéreas ou marítimas. O serviço ferroviário também permite que os passageiros carreguem seus carros, para que possam continuar uma viagem em ambos os lados.
A ideia de cruzar o Canal da Mancha vinha acontecendo desde os dias de Napoleão, quando o engenheiro francês Albert Mathieu-Favier teve a ideia de construir um túnel para transportar carruagens. A primeira tentativa de construir tal coisa veio em 1880, quando cerca de um quilômetro e meio de túnel foi perfurado antes que o projeto fosse abandonado. O próprio projeto Chunnel começou formalmente em 1987 no lado inglês (a escavação do lado francês começou em 1988) e custou US$ 16 bilhões.
Em 1999, o Chunnel obteve seu primeiro lucro. Hoje, movimenta mais de 20 milhões de passageiros e 19 milhões de toneladas de carga todos os anos. É a linha ferroviária mais movimentada do mundo.
Em 1994, eu tinha 10 anos e ganhei de presente uma edição da Speak Up Magazine (revista com atualidades e matérias para estudantes em inglês), que a tia Rosana me deu, pois na época eu estava iniciando os estudos da língua, e as edições vinham com uma fita K7 para estudar os áudios das principais matérias.
Uma das matérias que mais consumi tempo e me diverti lendo e escutando foi a do túnel do Canal da Mancha e o Eurostar (o trem super-rápido que ligaria os países), naquela época, foi uma visualização, um insight, um desejo interno "um dia vou viajar neste trem"!
E cerca de 28 anos depois, aqui estamos:
Partida de Londres em direção à Paris
Abaixo, a capa da revista da matéria da época, e algumas fotos da própria revista que abordara sobre a construção do Eurotúnel.
Sou grato a tia Rosana, que rapidamente percebeu que eu estava interessado na língua e me presenteou com uma de seus exemplares que ela também estava estudando. E hoje vejo a importância de percebermos e apostarmos no potencial das crianças, que possuem um imaginário enorme, anseios e desejos ilimitados, e que realmente com o tempo podem realizar, basta acreditar!
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